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Mestre em Estilos - ICB - Parte 3/3

  • Foto do escritor: Pedro Conte
    Pedro Conte
  • 23 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

Olá, saudações cervejeiras,


Essa é a parte final desse capítulo "Mestre em Estilos", o papo de hoje será a banca.


Como já disse na primeira parte dessa série de posts, a banca me tirou o sono, aliás, desde o começo do curso não deixava de pensar nesse dia. Arrisco afirmar que a banca é o grande fantasma do Mestre em Estilos.


Após o segundo terço do curso, a professora Káthia faz o sorteio para definir qual a escola cervejeira que cada aluno deverá se especializar para fazer a banca. Dentre as três possíveis (alemã, belga e inglesa, a americana não entra no sorteio) tive a sorte de tirar a escola inglesa, a minha preferida, porém considerado pela maioria como a mais difícil.


Um grande amigo, Rodolfo Bosqueiro, que fez parte do grupo do trabalho que expliquei no primeiro post da série, também tirou a escola inglesa no sorteio e combinamos que faríamos o estudo prático pra banca juntos.


A banca funciona dessa maneira:


Amostra - É servida uma amostra de qualquer cerveja, que pode ser qualquer estilo dentro da escola cervejeira que você foi sorteado, no meu caso seria da escola inglesa. Com a amostra servida, devemos fazer uma análise sensorial, descrevendo aparência da espuma, do líquido, percepções de aroma, sabor, amargor, sensações de boca, corpo, carbonatação, retrogosto, sensação alcoólica e etc.. Ao final, tenta-se cravar qual é o estilo daquela amostra, mas esse acerto não é o maior peso na nota final, se preocupe fazer uma ótima descrição da amostra e ser coerente no seu palpite, arriscando um estilo que tenha as características que foram descritas.


Perguntas - Após a descrição e o palpite sobre a amostra, os professores Alfredo e Káthia iniciam as perguntas. São aproximadamente 10 questões que não se restringem somente à escola cervejeira do seu sorteio, ou seja, aí você deve estudar as quatro escolas, incluindo a americana. As perguntas não são nenhum bicho de sete cabeças, são do tipo comparativa entre estilos, normalmente começam relacionando o seu palpite sobre a amostra com outro estilo próximo, perguntando porque não poderia ser aquele outro estilo, aí cabe responder dizendo as diferenças entre eles. Algumas perguntas sobre estilos específicos, pedindo pra fazer a descrição das características gerais e eventualmente pedindo a diferença deste estilo com algum outro que tenha características similares, por exemplo German Pilsner vs Bohemian Pilsner.


O estudo - para as perguntas, li, reli e li de novo, os resumos que já tinha feito para a prova dissertativa, estava tudo ali a parte descritiva de estilos, situações históricas, comparações, datas e etc. Dei uma lida na apostila novamente e só parei quando não conseguia assimilar mais nada. Comecei me preparando em abril, me dedicando entre a construção do trabalho e sua apresentação, fazendo resumos, lendo informações relacionadas e assim, me sentia preparado para o dia. Essa parte foi estudo individual, mas nosso grupo do trabalho estava tão unido que cada um que fazia um resumo compartilhava com os demais, enviando por whatsapp.


O estudo para a banca fiz junto com o Rodolfo num final de semana anterior ao dia da banca. Ele veio de Americana pra Sorocaba e degustamos muita breja.

Durante a semana que antecedeu ao estudo compramos um rótulo ícone de cada principal estilo da escola inglesa e deixamos em casa pra gelar. No total foram 17 estilos estudados, dividido em 2 dias e separamos as amostras grosseiramente por torradas x bitter´s, cada grupo em um dia.


Pedimos às nossas esposas que servissem cada uma das amostras às cegas, o serviço foi feito longe de nossas vistas e ouvidos (não teríamos dicas sobre abertura de lata ou garrafas rolhadas).


Meu resultado nesse estudo: 3 acertos de 17 amostras. Rodolfo acertou 4. E confesso que fiquei decepcionado, minha prova seria no dia seguinte, mas isso me serviu para me dizer o que eu achava que o estilo era e o que ele era na realidade.

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Na minha avaliação de banca fiz a descrição da amostra e fiz a observação que a esterificação estava um pouco acima do que deveria no aroma. Arrisquei que seria uma Scotch Ale (Wee Heavy), uma Belhaven 90 e eu estava certo. Diga-se de passagem, meu amigo Rodolfo também acertou o estilo que lhe serviram, era uma Coopers, do estilo Foreign Extra Stout.


- Dica #1 - De fato, deguste todos os principais estilos da escola do seu sorteio. A teoria sobre os estilos é importante, mas experimentá-los lado a lado, faz toda a diferença.


- Dica #2 - Se prepare para as perguntas estudando os estilos, suas principais características e as diferenças entre estilos parecidos.


- Dica #3 - Não se preocupe em acertar o estilo da amostra, o mais importante é fazer uma descrição muito boa e ser coerente com seu palpite.


- Dica #4 - Se dedique.


Satisfação total com o resultado: Nota na banca: 9,5


links úteis:

Curso Mestre em Estilos pelo ICB, matricule-se - https://www.institutodacerveja.com.br/cursos

*post independente, não patrocinado

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Sobre Mim

Mestre em Estilos, beer Sommelier, homebrew, leitor assíduo de tudo o que há sobre cerveja, amante de cervejas especiais, apreciador da rica história que circunda esse mundo

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